terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Historia do Cotidiano e da Vida Privada- Conceito de Cotidiano


     Nesta obra a autora prefere se atrelar as riquezas que estão próximas as pessoas, carregadas da aparente trivialidade do cotidiano. A autora afirma que estão nas pequenas coisas que são muito constantemente julgadas insignificantes de conhecê-las, e que encontramos nesta fonte uma gama enorme de curiosidade.  Assim, o seu objetivo é analisar as “pequenas coisas” que são as coisas do cotidiano, e é por elas que a história é construída não somente por grandes fatos e nomes, mas principalmente por pessoas comuns e por seus hábitos e rituais diários.
 Vislumbrar a realidade sob a óptica de pessoas ditas “comuns” e suas praticas, hábitos e ritos que são elaborados no coloquial, retirando de cena os grandes nomes e aconteci-mentos políticos, não os exaurindo de sua importância histórica, mas venda a história feita de baixo, voltando para a história que esta próxima de todos que oferta inúmeras riquezas, mas esta penetrada pela aparente trivialidade do cotidiano. Seria então investigar o comportamento por trás da fachada da casa, como eles viviam, casavam, namoravam eram educados, o que ocorria pro trás dos panos.
  Assim seria uma maneira de mostrar que a historia pode e também e feita por todas as pessoas e em todos os momentos da vida, nos somente em momentos em que uma dada minoria tem feitos glorificados e eternizados como extraordinários mostrando e montando a historia de uma minoria e “aristocrata”.  "Esse viés consolida o estudo dos grupos anônimos (operários, crianças, quilombolas...), iluminando aspectos da vida deles que até então não eram vistos", diz a historiadora Mary Del Priori.
  Implicando à pesquisa pela Micro-História agindo como intermédio para a desmistificação do conceito de que as praticas, hábitos e ritos do dia a dia da população colocando as em um “pedestal” no qual representam uma forte base de sustentação, na qual é “arquitetada” a produção das pequenas estruturas que compõem o emaranhado social, uma vez que, "a vida cotidiana não está "fora" da história, mas no "centro" do acontecer histórico: é a verdadeira
  De acordo com a autora, cotidiana seria uma “esfera privada da vida humana” onde acontece a constância e conservação de práticas rituais, portanto, seria algo reprodutiva, que se desviam dos campos político, econômico e social, em oposição, pois fazem parte da “esfera produtiva”, a vida pública, o lugar “onde a História acontece”,neste sentido a autora que desviar desta historia dita  publica colocando um lugar de extrema importância para se conceber a historia na parte cotidiana.
    Essa dicotomia sobre a vida humana ser “dividida” em vida pública e vida privada, segundo a autora, insurgiram no século XVIII com o florescimento da classe burguesa. Tendo uma profunda alteração nas analogias sociais, na qual acarretou mudanças até mesmo na arquitetura das casas, que começaram a ser edificadas de maneira a separar o publico do particular e o local de cultivo da vida material do local de representação da existência. Por esse motivo, alguns historiadores cogitaram a contradição de se trabalhar com a noção de cotidiano em períodos anteriores ao século XVIII.
  Para que se fosse capaz de explorar um estudo do cotidiano “imbricado na análise dos equilíbrios econômicos e sociais que subjazem às decisões e aos conflitos políticos” (DEL PRIORE, p. 266). Do contrário poderia ser confundido a vida cotidiana com história do individualismo, ou ate mesmo a historia do “publico”.
Portanto, o cotidiano é o indivíduo em seu estado particular, privado, sendo simultaneamente um ser reservado e genérico. Mas, no homem, a peculiaridade expressa não somente um ser "isolado", mas, além disso, um ser individual, pondo em evidência que todo homem compartilha da vida cotidiana e toma parte de maneira determinada do social faz parte da historia, tendo seu papel uma grande importância.

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