quarta-feira, 23 de maio de 2012

Martim Lutero e a Reforma Protestante


   Esta pesquisa tem o objetivo de analisar quem foi Martim Lutero e sua importância para a Alemanha, com a tradução da bíblia para o alemão, cuja relevância se da na alta magnitude que esta reforma realizada por Lutero influenciou no novo pensar da Fé e sua livre interpretação da religião e da bíblia.

    Quem foi Lutero:
   Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483 em Eisleben, Alemanha fez parte da ordem agostiniana. Preocupado com a salvação, o jovem Martinho Lutero decidiu tornar-se monge. Durante seu estudo, sempre o acompanhava a pergunta: "Como posso conseguir o amor e o perdão de Deus?" Lutero foi descobrindo ao longo dos seus estudos que para ganhar o perdão de Deus ninguém precisava castigar-se ou fazer boas obras, mas somente ter fé em Deus. Com isso, ele não estava inventando uma doutrina, mas retomando pensamentos bíblicos importantes que estavam à margem da vida da igreja naquele momento.
    Lutero decidiu tornar públicas essas idéias e elaborou 95 teses, reunindo o mais importante de sua descoberta teológica, e fixou-as na porta da igreja do castelo de Witten Berg, no dia 31 de outubro de 1517. Pretendendo abrir um debate para avaliar internamente a Igreja, pois acreditava numa reforma na igreja a partir do Evangelho de Jesus Cristo. Foi pressionado de varias formas - excomungado e cassado - para abandonar suas idéias e os seus escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias alcançaram rapidamente o povo e essa divulgação foi promovida pelo recém inventado sistema de impressão de textos em série.
    Sua doutrina, salvação pela fé, foi considerada desafiadora pelo clero católico, pois abordava assuntos considerados até então pertencentes somente ao papado. Contudo, esta foi plenamente espalhada, e suas inúmeras formas de divulgação não caíram no esquecimento, ao contrário, suas idéias foram levadas adiante e a partir do século XVI, foram criadas as primeiras igrejas luteranas.  Apesar do resultado, inicialmente o reformador não teve a pretensão de dividir o povo cristão, mas devido à proporção que suas 95 teses adquiriram, este fato foi inevitável. Para que todos tivessem acesso às escrituras que, até então, encontravam-se somente em latim, ele traduziu a Bíblia para o idioma alemão, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente pela igreja. 
Com um número maior de leitores do livro sagrado, a quantidade de protestantes aumentou consideravelmente e entre eles, encontravam-se muitos radicais. Precisou ser protegido durante 25 anos. Para sua proteção, ele contava com o apoio do Sábio Frederico, da Saxônia.   Foi responsável pela organização de muitas comunidades evangélicas e, durante este período, percebeu que seus ensinamentos conduziam a divisão. Casou-se com a monja Katharina Von Bora, no ano de 1525, e teve seis filhos.
   O Movimento da Reforma espalhou-se pela Europa. Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, Martinho Lutero faleceu. Finalmente, em 1555, o Imperador reconheceu que havia duas diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana.
    Início do século XVI. O Sacro Império abrange principalmente os Estados Germânicos, divididos em grandes Principados. Em seu interior predomina o trabalho servil na terra ao mesmo tempo em que algumas cidades vivem de um comércio próspero.
 Em 1519, assumiu o trono Carlos V, que era rei dos Países Baixos desde 1515 e rei da Espanha desde 1516. Pretendendo unificar seus vastos domínios e a instaurar uma monarquia universal católica, o Imperador foi obrigado a enfrentar os príncipes germânicos, contrários a centralização do poder.
           As disputas políticas envolvendo a tendência centralizadora do imperador e os interesses dos príncipes foi uma constante desde a formação do Sacro Império. Esta situação de disputa política foi aproveitada por Lutero, que atraiu os Príncipes para suas idéias reformistas, na medida em que o imperador era católico, e por sua vez pretendia utilizar o apoio da Igreja Católica para reforçar sua autoridade. Parcela significativa da burguesia também apoiou as teorias de Lutero, que reforçava o individualismo.
Antecedentes da Reforma:
  O movimento de reforma religiosa deve ser compreendido dentro de um quadro maior de transformações, que caracterizam a transição feudo capitalista. Durante a Baixa Idade Média, a Europa passou por um conjunto de transformações sociais econômicas e políticas, que permitiram a uma nova sociedade, questionar o comportamento do clero e a doutrina da igreja.
   A crise interna à Igreja caracterizada pelo procedimento imoral pelo clero, que foi se desenvolvendo desde a Idade Média. A simonia era uma prática comum, secular, caracterizada pela venda de objetos considerados sagrados ou a venda de cargos religiosos. Os grandes senhores feudais obtinham cargos eclesiásticos numa forma de aumentar seu poder ou garantir uma fonte de renda para seus filhos, originando um processo conhecido como "investidura leiga", principalmente no Sacro Império. A inquietação com os assuntos materiais  levou o alto clero a um distanciamento das inquietações religiosas ou mesmo do caráter moral. O nicolaísmo retrata, a partir do qual o casamento de membros do clero levava-os a uma preocupação maior com os bens materiais, que seriam deixados em herança para os filhos e a partir daí determinavam o comportamento “mundano” dessa parcela do clero.
     A ascensão da burguesia, possuidora de uma nova mentalidade, vinculada a idéia de lucro e que encontrava na Igreja Católica um obstáculo. A Igreja que a partir da Idade Média procurava regular a atividade econômica a partir de seus dogmas e condenando assim o lucro e a usura (empréstimo de dinheiro a juros) inibindo a atividade mercantil, burguesa. A burguesia européia nascera cristã e passará a procurar uma conciliação das atividades econômicas e o  lucro com sua fé.
    O vínculo entre a nova forma de poder e a religião surgirá na Inglaterra com a criação de uma Igreja Nacional, subordinada a autoridade do rei. A mentalidade renascentista cogitou a ampliação de uma inovação na mentalidade, com o individualismo e o racionalismo permitindo o desenvolvimento do senso crítico, determinando um conjunto de críticas ao comportamento do clero.
A Reforma
   A Reforma Protestante sendo entendida num sentido mais extenso denominada como a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada indivíduo.  A Reforma redescobriu o papel de o próprio indivíduo poder se chegar a Deus, e obtiver o perdão e a sua salvação. Proclama-se, com a Reforma, que o homem seria salvo pela fé e não por obras da Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico da Igreja da época a carne. A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião de pompa, luxo e ociosidade. Surgiram críticas em livros como o Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse o rompimento com a igreja católica.  
   A Reforma Religiosa foi um movimento religioso que almejava o retomo a pureza do cristianismo primitivo, com a igreja exercendo um monopólio da salvação criava doutrinas e costumes o que era criticado pelo luteranismo. Na sociedade a Igreja passava a ser a responsável pela miséria, os maus que aconteciam com a população já que esta não dava mais conta de atender aos pedidos da população.
     As 95 Teses de Lutero representaram uma partida para a recuperação das sãs doutrinas. Entre as teses encontramos expressões de compreensão dos ensinamentos da Bíblia, como por exemplo, na Tese 62 ("O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho da glória e da graça de Deus") e na Tese 94 ("Os cristãos devem ser exortados a seguir a Cristo, a sua cabeça, com diligência…").
 Sua doutrina baseava-se na salvação pela fé, a livre interpretação da bíblia eliminação das imagens e santos, um fim do celibato para sacerdotes, a liturgia deveria ser feita na língua materna era contra a infabilidade papal e o celibato era a favor da existência de dois sacramentos o batismo e a eucaristia, regia uma submiçao da igreja ao Estado, a consubstanciação, os padres deveriam ter uma vida simples . De imediato houve grandes repercussões como a revolta camponesa te Thomas Munzer na qual os bens deveriam ser divididos entre todos.
Como a reforma influenciou as culturas posterior
     Não há como negar a influência da reforma em nosso século. Com o fim da idade média os fundamentos do velho mundo estavam ruindo. Houve várias transformações nessa época. As mudanças foram cada vez mais acentuadas com as descobertas de novos mundos por Colombo e Cabral. A idéia de um estado universal foi cedendo lugar ao conceito de nação-estado. Com a formação das cidades, a economia comercial tomou lugar da feudal. Isso teve conseqüências sociais, pois o estilo de vida das pessoas começou a ascender formando uma classe média forte a burguesia. Também no campo da cultura e da arte com o surgimento do Renascimento as transformações intelectuais fizeram com que o protestantismo encontrasse apoio para seu desenvolvimento. Urge rememorar que todas essas mudanças afetavam direta ou indiretamente a Igreja Católica Romana. 

LIENHARD, Marc. Martim Lutero: tempo vida e mensagem . São Leopoldo: Sinodal,1998.
DREHER, Martim N. A crise e a renovação. São Leopoldo: Sinodal,1996.

Napoleão Bonaparte


 
O imperador francês, Napoleão Bonaparte tendo colocado em prática uma política militar expansionista, para estender seu império sobre toda a Europa,estrategicamente para conquistar a Península Ibérica. Mas a maior potência industrial europeia a Inglaterra,era seu “único” obstáculoopôs-se às tentativas de conquista da França napoleônica, por seu favorecimento da sua posição insular, por seu poderio econômico e por sua supremacia naval.
Com o objetivo de rescindir a resistência da Inglaterra, Napoleão tentou debelar economicamente esta, proibindo os países europeus ocidentais de comercializarem com os ingleses, ao decretar, em 1806 o Bloqueio Continental. Sendo assim uma tática de subordinar a Europa tendo como principio ultrajante, defensivo e protecionista para uma modernização da utilização da arma “econômica”.


        Na tentativa de derrotar ou enfraquecer os ingleses o Império Francês estabeleceu o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão definia que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, na experiência de enfraquecendo as exportações do país e ocasionar uma crise industrial.
Procurando assim criar dificuldades econômicas, a fim de desorganizar a economia inglesa,com a justificativa da violação do direito  internacional como uma represália á ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido.
     Uma grande estratégia do imperador Francêsem impor aos seus aliados e aos “neutralizados” a aderirem ao Bloqueio Continental na tentativa de sufocar as relaçõescomerciais e driblar os interesses dos ingleses. Mas, para que obtivesse total êxito, havia a dependência de que todos os países da Europa condescendessem á idéia, e para isso era imprescindívelà adesão de todos os portos localizados no extremo do Continente. Os portos dos impérios russo, austríaco e português eram os quais Napoleão necessitava para sua eficácia no decreto.
    Porem havia uma recusa do governo de Portugal a aderir ao decreto, pois este dependia de suas relações com a Inglaterra e de seu total apoio,este consegui ”enrolar” o decreto napoleônico por um dado tempo, e além de seu inimigo que era também “anistiado” por sua posição insular e a poderosa marinha, a Inglaterra manteve-se intocável, pois o ponto fraco do imperialismo francês era a marinha, e este consegui comercializar mais tarde com a colônia portuguesa.
Assim o bloqueio continental representou dois aspectos perante as guerras napoleônicas, pois, de um lado o combate contra as nações absolutistas europeias e, de outro contra a Inglaterra pela disputa de forças econômicas entre essas duas nações burguesas. Sendo que a Inglaterra era o “principal” objeto da “justificativa” do decreto, já que estas dificuldades tomaram forma, pois sua surrada contrariedade em aceitar as decisões francesas fez com que asfixiassem por completo as investidas napoleônicas.
      Portanto o bloqueio continental foi uma forma de controle das nações europeias e da tentativa de imposição da nova linha de pensamento de Napoleão após a revolução francesa, e modificar tanto as linhas de pensamento antigas para que estaevoluísse de uma sociedade feudal para industrial se modernizando e industrializando, para isso a França tinha que ultrapassar as indústrias inglesas e subjuga-las ao mando e desmando francês. Para que a França não tivesse mais que disputar o poderio e econômico ao inglês, assim seria uma “estratégia” napoleônica de expansão militar e expansionistade conquistar toda a Europa, a economia e a indústria, sendo necessário por em pratica seu domínio e total “aceitação”.
 Após se industrializar e se projetar economicamente, a França se tornou uma ameaça para a Inglaterra, que naquela época era a maior potência industrial do mundo. Napoleão denotou a derradeira etapa da Revolução Francesa e a solidificação do poder burguês, na qual o Império Napoleônico somente se sustentou por causa da burguesia industrial e comercial que lucrava na venda de seus produtos para os outros países submetidos por Napoleão.
A decretação do Bloqueio Continental acabou por danificar mais os países da Europa Continental do que a Inglaterra, pois todos os países do continente europeu foram proibidos de negociar com a Inglaterra e de receber navios ingleses em seus portos. Para outros países, Napoleão era a imagem viva da Revolução Francesa sendo que, suas ideiaseram aplicadas por grupos liberais desses países, porém internamente advertia-se a imposição geral da nação. Os Estados Absolutistas e Aristocráticosatemorizados em perderem seus direitos feudais,pelas ideias burguesas espalharem em seu território na qual foram combateram incansavelmente Napoleão.
Porem o imperador francês subjugou o poder e a astucia do governo tanto português quanto inglês, pois a Inglaterra teve que tomar medidas para burlar o decreto de Napoleão, procurando novos comércios nas colônias e intensificando o contrabando com as possessõesibéricas na América do Sul, para compensar a perda dos mercados europeus e somente Portugal e o Papado constituía uma lacuna no Bloqueio Continental, ocasionando sua invasão (1807) pelas tropas francesas, na qual esta invasão de Portugal coagiu D. João VI a refugiar-se no o Brasil com o apoio inglês.