sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A ADAM SMITH: A RIQUEZA DAS NAÇÕES


Deve-se, em primeiro lugar, ter a idéia de que a divisão do trabalho, a propriedade privada e a troca não são conceitos disseminados na Riqueza das Nações. Ao contrário, são categorias articuladas entre si e constitutivas do cerne da concepção de riqueza de Smith
  A idéia central de Adam Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, na verdade é organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população, evidenciando apremissa básica de que o governo não tem necessidade de interferir na economia de um pais. A partir do momento em que houve um aprimoramento da forças produtivas, as habilidades, o bom senso e as destrezas seriam provenientes e resultado da divisão do trabalho.
  O aumento das forças produtivas do trabalho é proporcionado pela  divisão do trabalho porque a fragmentação do trabalho permite ao indivíduo se especializar na melhor de suas habilidades. De exemplo Smith afirma que um exemplo notável seria divisão organizada é notada, em uma fabrica de alfinetes, onde um operário inexperiente nao fabricaria um alfinete em um único dia, mesmo se empenhando nesta produção.
   Em contrapartida quando nesta fabrica a divisão de trabalho é evidenciada em vários setores a produtividade tem um aumento notável, onde cada operário tem sua função, mas em conjunto ambos têm sua necessidade na produção me mesmo nível, onde hoje são capazes de produzir excedentes de produção muito maiores devido à adequação da divisão do trabalho combinado a diferentes operações em uma mesma fabrica ou indústria.  Porem a divisão do trabalho, por conseguinte, ocorre quando há a propriedade privada dos meios de produção e do resultado da produção.
   Muito dos efeitos desta divisão do trabalho gera em cada setor um aumento proporcional nas forças produtivas de trabalho, e o grau máximo só é atingido pelos países mais desenvolvidos, onde assim o homem usufrui da produção em beneficio próprio como adverte Adam Smith:
“Cada individuo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte da sua intenção… Perseguindo seus próprios interesses, frequentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo.”
Com o grande aumento da quantidade de trabalho,é em conseqüência da divisão do trabalho, no qual o mesmo número de pessoas é capaz de realizar o mesmo trabalho porem, com um aumento visível da quantidade, o autor divide em três circunstâncias distintas primeiro devido desenvoltura existente nostrabalhadores, segundo á poupança daquele época onde geralmente, teria ocostume perder ao haver mudança no trabalho e por fim á invenção das máquinas que facilitaram e apressaram o trabalho, possibilitando que uma única pessoa realize o trabalho que antes era realizado por muitas pessoas assim houve a substituição das pessoas pelas maquinas.
  Assim a destreza seria a quantidade de serviços que poderia ser realizado pela divisão de trabalho, que de uma forma diminuiria as atividades deste e faria com que este fizesse uma única atividade. A vantagem de passar de um tipo de trabalho para outro na economia do tempo que antes era muito grande, pelo uso de ferramentas distintas e o lugar também o é. E por ultimo a consciência que se toma a partir da facilidade do uso das maquinas adequadas a tarefa, estas também tem origem da divisão do trabalho.
  A divisão do trabalho e a propriedade privada, consequentemente, existem mediante uma condição: os indivíduos somente acumulam privadamente e, por conseguinte, parcelam o trabalho caso acessem o resultado do trabalho dos demais através da troca. Ampliar as forças produtivas do trabalho significa ampliar a quantidade de produtos sob a propriedade dos e passíveis de alienação pelos indivíduos; ou seja, aumenta a quantidade de produtos do trabalho destinados à troca.
    A diferença entre a cidade e o campo é grande, comparado ao luxo extravagante e a simplicidade de um operário é maior que as necessidades da nobreza.
    A divisão do trabalho que deriva inúmeras vantagens, não é originada pelo efeito de uma sabedoria humana, que visa essa riqueza á origem. Ela é necessária por mais que seja muito lenta e gra­dual, com tendência a existência na natureza humana que não tem em vista essa utilidade extensa: a propensão a trocar uma coisa pela outra.
     O homem tem necessidade da ajuda dos semelhantes, e é inútil esperar essa ajuda simples­mente da benevolência alheia. Ele terá maior probabilidade de obter o que quer se conseguir interessar a seu favor a auto-estima dos outros, mos­tran­do-lhes que é vantajoso para eles fazer-lhe ou dar-lhe aquilo de que ele precisa. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas à sua auto-estima, e nunca lhes falamos das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que advirão para eles.
     Assim como é por negociação, por troca ou por compra que consegui­mos uns dos outros a maior parte dos serviços recíprocos de que necessi­tamos da mesma forma é essa mesma tendência a trocar que originaria­mente gera a divisão do trabalho. A diferença entre as personalidades mais dife­rentes, entre um filósofo e um carre­gador comum da rua, por exemplo, parece não provir tanto da natureza, mas antes do hábito, do costume, da edu­cação ou formação. É a certeza de poder permutar toda a parte exce­dente da produção de seu pró­prio trabalho, que ultrapasse seu consumo pessoal, que estimula cada pessoa a dedicar-se a uma ocupação especí­fica e a cultivar e aperfeiçoar todo e qual­quer talento ou inclinação que possa ter por aquele tipo de ocupação ou negócio.
  O poder de troca que leva à divisão do trabalho, assim a extensão da divisão deve ser limitada pela extensão do poder ou pela extensão do mercado. Quando este é reduzido, não há estimulado a dedicar a uma única ocupação, “porque não poderá permutar toda a parcela excedente de sua produção, que ultrapassa seu consumo pessoal, pela parcela de produção do trabalho alheio, da qual tem necessidade.” (SMITH, 1983 p.52)

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